31.7.08

Parabéns as equipes UNB

Por Marco Mendes
Brasília/DF


Dificuldades foram enfrentadas e as equipes da UNB realizaram seus trabalhos. Parabéns a todos os rondonistas da UNB.

26.7.08

A saúde bate à porta

Por Alice Watson
Carinhanha / Bahia

Sumimos estes últimos dias, mas não foi por falta de assunto para colocar aqui, e sim por falta de tempo e de internet. Todos os dias saímos por volta de 7h30 da manhã e voltamos só à noite, exaustos. Estamos visitando alguns povoados da zona rural de Carinhanha e já fomos na casa de 21 famílias carentes - cerca de 120 pessoas - orientando e analisando a saúde da população. Formamos equipes de nutrição, meio ambiente, odontologia e de médicos que avaliam todos em suas casas.

Além das visitas às famílias, também realizamos oficinas de meio ambiente, artesanato, astronomia e filosofia nas escolas de cada povoado. Quando todas as atividades acabam, é a vez do cinema, que encanta os que nunca assistiram a um filme. Agora vamos passar mais um, na Câmara dos Vereadores de Carinhanha. Prometo escrever depois com mais calma, o tempo tá corrido e a internet é muito lenta!

25.7.08

Missão cumprida

Por Marco Mendes
Augusto Corrêa/Pará


Depois de uma jornada exaustiva de 17 dias de trabalho, passamos a nos conhecer melhor e a nos entregar à causa deste projeto. Foram muitas dificuldades, cansaço, saudade de casa e até mesmo uma virose, a qual quase todos os rondonistas foram acometidos. Sem falar nos problemas e emoções individuais, que muitas vezes deixavam o grupo à mercê de um certo estresse. Mas, com certeza, posso dizer que a missão da equipe foi cumprida. A maior gratificação é ver o sorriso das crianças, adultos e idosos, enfim, é sentir que de alguma maneira colaboramos com as comunidades envolvidas nas atividades. É, não posso negar que é uma experiência única vivenciar esses dias de Rondon.

Emagreça bebendo água

Por Andréia Braga
Salgado / Sergipe

Um dos filhos da Dona Nazaré, a senhora responsável pela pousada onde estamos hospedadas, nos deu uma receita caseira que o fez perder nada menos que 17 quilos em um mês. Segundo ele, as taxas de colesterol também normalizaram. O processo de preparo é o seguinte: Pegue um coco vazio, corte a sua casca, tire fatias da parte fibrosa (de cor bege) e coloque em uma jarra com água de um dia para o outro. No dia seguinte, retire as fatias de coco e consuma a água quando quiser.

Resolvi dar uma de cobaia e fazer um teste durante essa segunda semana de operação: eu consegui emagrecer 1,5 quilo, considerando que a nossa alimentação está fora do padrão de Brasília e que temos doces regionais ao alcance de nossas mãos a toda hora. O sabor é bem agradável (dá um gosto de coco, porém muito leve). Mas atenção, pois a bebida é bastante diurética!

24.7.08

Cinema para todo mundo

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

Quem mora no interior sofre com a falta de opções de lazer. Mas, durante as duas semanas do Projeto Rondon na cidade de Salgado, essa rotina foi alterada. A equipe realizou cinco sessões de cinema em diferentes pontos do município, exibindo filmes nacionais e internacionais para cerca de 350 pessoas no total.

O público ainda tímido de 20 crianças e idosos da primeira sessão de cinema, no dia da chegada dos rondonistas em Salgado, se transformou em cerca de 100 na última exibição, duas semanas depois do início das atividades. Os telespectadores foram os mais diversos: crianças, jovens, adultos e idosos. Por isso, a grande preocupação dos rondonistas era encontrar um filme adequado para toda a família.

"O melhor do cinema é que a gente pode sair de casa e se divertir com os filmes", conta a salgadense de oito anos Nayra Santos, que foi a duas das cinco sessões realizadas. Os filmes foram exibidos para diferentes públicos, em locais centrais como a Casa do Jovem, o Centro dos Idosos e um colégio do município. Também foi levado a povoados mais distantes como o Quebradas 5, que fica a 15 minutos da cidade, depois de um longo percurso sem asfalto, no meio de uma área rural. O cinema foi montado da forma mais artesanal possível, com um lençol branco servindo de fundo para a projeção do data show.

23.7.08

"Tenho fé que o Brasil pode mudar por causa de pessoas como vocês"

Por Tiêssa Lopes
Brasília de Minas/Minas Gerais

Rondonistas de Brasília de Minas, cadê vocês? Garanto que os blogueiros sentiram nossa falta. De fato, nossa internet não colaborou para que pudéssemos atualizar, mas, felizmente, conseguimos contornar o problema.

Temos trabalhado bastante nos últimos dias. Quinta e sexta-feira passada, aplicamos as oficinas em Fernão Dias (distrito de Brasília de Minas). Sábado, como é dia de feira, propomos a "oficina instantânea". Aferimos pressão arterial, calculamos IMC e realizamos teste de visão daqueles que por lá passavam. A comunidade de Brasília de Minas recebeu informações sobre hipertensão e obesidade.

Como ninguém é de ferro, fomos a festa de Sant'Ana aqui no município e tivemos a oportunidade de experimentar as delícias de Minas Gerais: pão de queijo saindo do forno, bejú (a grande especialidade da festa) e canjica. Infelizmente, fomos impedidos de pular na cama elástica. Que pena!

Para fugir do frio no domingo, visitamos São Francisco, município próximo daqui. Às margens do Velho Chico, almoçamos peixe frito - morram de inveja! Pena que ao final do dia fomos atacados por borrachudos e estamos morrendo de nos coçar.

Segunda-feira, aplicamos as oficinas de Educação Sexual, Mamãe e Bebê e Drogas e Álcool no distrito de Vargem Grande. Lá, recebemos o seguinte torpedo que nos deixou muito felizes:
"Parabenizo vocês pela iniciativa de passar essas coisas pra gente. Tenho fé que o Brasil pode mudar por causa de pessoas como vocês." (anônimo)

Hoje, trabalhamos em Vila de Fátima e amanhã, enfim, finalizaremos as oficinas. Rondon está sendo uma experiência inesquecível e uma "lição de vida e cidadania".

PS: "Familiares, amigos e "banzos", saudades suas!!!"

Para praticar exercícios físicos não tem idade


Por Thaís Malva
Salgado/Sergipe

A equipe do Rondon em Salgado fez uma oficina totalmente voltada para a terceira idade. Ela aconteceu em quatro etapas e tinha como objetivo proporcionar formas de lazer associadas a atividades físicas, resgate de cultura local, trabalho da percepção corporal individual e a interação com o meio ambiente. Outros propósitos foram mostrar e estimular uma melhor qualidade de vida e gerar uma maior interação dos idosos com os jovens.

Durante as atividades, os participantes estavam animados e curiosos sobre o que viria a seguir. Alguns aspectos observados foram a falta de interação e cooperação entre eles e certa resistência ao novo e à prática de exercícios físicos.

Adultos que participaram das atividades se interessaram bastante. A intenção é que estes dêem continuidade ao trabalho iniciado. Evitar o sedentarismo é algo importantíssimo para idosos, inclusive como forma de prevenção de doenças.

Cultura recheada de surpresas

Por Angélica Monteiro e Thaís Malva
Salgado/Sergipe


As rondonistas de Salgado perceberam que a cultura sergipana e nordestina em geral tem muito a oferecer. Tiveram a experiência de provar comidas típicas muito saborosas e assistir a apresentações belíssimas de quadrilhas da região, como a do grupo salgadense Balanço Nordestino, com duração de cerca de 25 minutos.

Formado por 48 pessoas, o grupo existe há mais de três anos e já participou de importantes concursos de quadrilha nordestinos, entre eles o de Sergipe, em junho. O Balanço ficou em terceiro lugar na competição.

Nas danças, principalmente, a cultura regional é muito marcante. A dedicação, o entusiasmo e a organização das apresentações lembram a magnitude de uma escola de samba. Nem parece a quadrilha brasiliense. Não fosse o casamento, seriam duas danças completamente diferentes. Mas, além da noiva, Lampião e Maria Bonita são presenças obrigatórias.

Confira um trecho da apresentação do Balanço Nordestino.


Entrevista

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

Vários motivos levam um universitário a participar do Projeto Rondon: a oportunidade de levar a campo os conhecimentos da graduação, a possibilidade de descobrir novas realidades, a vontade de explorar "brasis" desconhecidos. Mas o que leva um militar a escolher, como voluntário, o trabalho no Rondon? "Queria sair da rotina do quartel e conhecer melhor a região de Sergipe", conta o sargento Thiago Silvino, do 28 Batalhão dos Caçadores de Aracaju e, há uma semana, militar que acompanha a equipe de rondonistas da UnB em Salgado. Foi ele quem teve a sorte (ou o azar) de passar 15 dias de operação com uma equipe 100% feminina. Silvino falou sobre os problemas e as alegrias desse convívio intenso com oito mulheres, do que significa o Rondon para ele e de como avalia as atividades da equipe no município.

Como é a preparação para o Rondon dentro do quartel?
Silvino: Os militares que acompanham os rondonistas são voluntários. Um mês antes da viagem, os sargentos interessados se inscrevem para as operações, para trabalhar como "anjos". Depois de selecionados, viajam para conhecer os municípios que receberão as equipes e melhor orientar os rondonistas sobre as condições da região. A equipe mesmo, a gente conhece só no dia do embarque para a cidade do Rondon.

Como você imaginava que funcionava o Rondon antes de participar de uma operação?
Silvino: Essa é a primeira vez que trabalho com rondonistas. Antes, eu achava que o projeto se resumia a alunos de capitais conhecendo culturas diferentes, realidades da periferia. Hoje eu vejo que é algo que vai além disso. É um projeto em que universitários conhecem, de fato, outras culturas, mas também desenvolvem um trabalho social. E pra mim está sendo muito válido, não como militar, mas como pessoa. Cada povoado te ensina uma coisa.

Você trabalha com uma equipe de oito rondonistas. É um convívio muito diferente do quartel. Qual a principal diferença de trabalhar com homens e mulheres?
Silvino: Conviver com tanta mulher junta por 15 dias não é algo tão fora do comum assim. Mas tem diferença realmente. Papo de mulher é mais interessante que o dos homens. Elas falam demais, é verdade, mas geralmente tratam de assuntos diversos, não são tão previsíveis quanto as rodas masculinas.

E como avalia o trabalho das rondonistas em Salgado?
Silvino: As meninas estão fazendo ótimas oficinas. Cada uma é muito boa no que faz e, como são excelentes profissionais, fica bem mais fácil "cuidar" delas. Eu e as professoras estamos tendo pouco trabalho, porque a equipe já é muito disciplinada e engajada. Ainda bem, porque a população de Salgado é muito necessitada de todo tipo de instrução.

22.7.08

Oficinas a todo vapor em Calçoene

Por Equipe de Calçoene/Amapá



Essas são as fotos das oficinas Coleta Seletiva, Destinos do Lixo, Drogas e Sexualidade na operação do Rondon no Amapá. Durante as atividades, os rondonistas e a comunidade discutem a importância das temáticas e adaptam os assuntos à realidade da região. É feito o reconhecimento do livro da escola onde as oficinas são desenvolvidas, por exemplo.

Artistas arteiros

Por Lorena Vilela
Salgado/Sergipe




A arte como um todo é um veículo eficiente de inclusão social. Mas não se restringe a isso. Também há um aumento da auto-estima pessoal e de grupo, além de trabalhar questões importantes como concentração, coletividade e precisão, que serão levadas por toda a vida.

A equipe do Rondon em Salgado tentou exercitar esses e outros pontos positivos na Oficina de Teatro, que aconteceu na Casa do Jovem, na noite de 21 de julho. A idéia nasceu de uma simples conversa entre rondonistas e jovens salgadenses. Eles demonstraram interesse em atividades na área teatral, em falta na cidade.

Compareceram à atividade cerca de 40 pessoas, com idades variadas, mas todos muito empolgados e cheios de energia. Trabalhamos expressão corporal, confiança, ritmo de grupo, entre outros. E finalizamos com cenas de improvisação. O mais gostoso é terminar a oficina e ouvir comentários do tipo “Foi muito legal! Que dia vai ter de novo?”

Economia Solidária: uma economia de todos!

Por Angélica Monteiro
Salgado/Sergipe


A equipe realizou uma oficina de Economia Solidária, onde foi apresentada aos participantes uma nova alternativa financeira. Baseada no interesse coletivo, a economia solidária não possui patrões nem empregados e gera produção, emprego e renda. As pessoas puderam obter informações à respeito do tema e descobrir os benefícios do Programa de Economia Solidária, criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Além disso, foi proposta a realização de uma feira de troca no dia 25 de julho. As pessoas levarão de casa os objetos pessoais que não utilizam mais, mas que estejam em bom estado, para trocar com os outros. O objetivo da feira é que não exista a venda de produtos, mas sim o diálogo e acordo entre as pessoas no momento da troca.

Ao final, os participantes aprenderam a fazer alguns objetos - com miçangas, sementes, revistas - para serem trocados na feira. Essa foi uma oficina muito produtiva.

Inclusão digital e ensino a distância

Por Angélica Monteiro, Regina Brandão e Thaís Malva
Salgado/Sergipe

Começou o minicurso de Inclusão Digital para professores. Ele tem como objetivo realizar a formação continuada dos docentes de Salgado a distância e capacitá-los para o trabalho de multiplicação de conhecimento nas escolas.

O minicurso usa a plataforma Moodle do Aprender (ambiente virtual de aprendizagem vinculado à Universidade de Brasília). O nível das turmas foi variado, alguns participantes apresentaram maior familiaridade com o computador, enquanto outros não possuíam noção nenhuma de informática.

No fim do primeiro dia, observou-se que alguns professores tiveram maior facilidade no aprendizado de inclusão digital e outros apresentaram maior resistência.

21.7.08

A praça é nossa!

Por Alice Watson
Carinhanha/Bahia


Depois de dois dias de festa, o “IV Encontro das Águas e dos Amigos” chegava ao seu último dia. Nós, querendo começar a trabalhar logo, fomos fazer o programa “Saúde na Praça”, mesmo com a certeza de que o público não seria muito grande, esperávamos umas 50 pessoas, já que a cidade estava quase toda de ressaca. Para nossa total surpresa, depois de montar a estrutura de atendimento à comunidade, a população começou a surgir curiosa e lotou o local. Cerca de 250 pessoas, sendo 60 crianças, passaram por lá para medir a pressão, verificar peso e altura, receber apoio psicológico, fazer avaliação nutricional e odontológica.

Foram 2h30 de atendimento, e a principal queixa da equipe rondonista foi o álcool. Muitos moradores apareceram bêbados, o que altera a pressão sanguínea. “Fica difícil diagnosticar se a pessoa tem mesmo algum problema cardíaco quando bebe antes do exame”, avaliou a aluna de Medicina Larissa Caetano. Outro problema da cidade é a alimentação, rica em gordura e quase sem frutas. “Muitos moradores se queixaram da dificuldade de conseguir frutas na cidade, além de assumirem que gostam mesmo é de uma gordurinha”, contou a aluna de nutrição Juliana Mota.

A iniciativa do grupo do Rondon foi bem recebida pela comunidade e serviu como uma apresentação da equipe à cidade. “Este trabalho é ótimo, muito importante pra gente!”, disse Reuza Jesus, moradora de um município próximo à Carinhanha. O carro-chefe do projeto aqui é a saúde, fazer atendimento na casa das famílias e ensiná-las que a prevenção é mais eficaz do que tratar a doença, já que a maioria só vai ao médico quando tem algum problema. Hoje a equipe foi visitar seis famílias carentes do Alto da Colina, bairro de Carinhanha, que vão receber pessoalmente todo o tramento oferecido na praça com a ajuda de agentes comunitários.

O dia em que voltamos a ser crianças

Por Alice Watson
Carinhanha/Bahia



A esperança era que a viagem de inauguração do Projeto Piloto do Rondon Regional fosse tranqüila. Duas vans novas da Universidade de Brasília à disposição dos 18 integrantes da equipe (uma chega amanhã de ônibus), 12 horinhas de viagem rumo à Carinhanha, logo ali, na Bahia e, empolgados, tivemos a impressão de que tudo seria fácil. O que não estava nos planos era o “bom” estado da estrada até nosso destino. A maior parte do percurso é asfaltada, mas seria melhor se fosse de terra, afinal, com tantos buracos, ficou difícil perceber a diferença entre uma e outra.

A viagem foi uma verdadeira aventura, com direito a vários trancos no “peito de aço” do carro, teto de van desabando, música sertaneja e calor, principalmente para os que estavam sem ar condicionado. O jeito foi inventar: cantamos, dormimos (os que conseguiram abstrair os buracos e os bancos não reclináveis) e nos conhecemos. Para muitos, aquele era o primeiro contato e a timidez inicial deu lugar a um animado coral de “Mamonas Assassinas” ao final da viagem.
Na chegada, a recepção foi uma festa. Era, literalmente, “IV Encontro das Águas e dos Amigos”, que reúne milhares de pessoas vindas de municípios próximos à Carinhanha, na beira do rio São Francisco. Bandas e pessoas dos mais variados estilos lotaram a praça principal da cidade. E nós rondonistas, apesar de exaustos, entramos logo no clima e fomos fazer um passeio de “reconhecimento” territorial, haja perna para agüentar tanto forró.

Na volta, por volta de 1h30 da manhã, já estávamos acostumados com nosso novo e pueril “lar”. A creche em que estamos abrigados nos fez relembrar a infância. Além da decoração infantil, comemos no primeiro dia com colher e usamos os banheiros próprios para as crianças (com privadas miniaturas). Mas nada que alterasse nosso bom-humor e vontade de trabalhar. Os últimos a dormir foram os primeiros a acordar com o bucólico (e incoveniente) cantar dos pássaros, todo mundo disposto para o primeiro dia de trabalho. E que venham os próximos...

Despedida

Por Núbia Marques
Comercinho/Minas Gerais


Após 15 dias de Rondon, a equipe de Comercinho se despediu na sexta-feira, 18 de julho, com uma festa na praça da cidade. O tchau foi com a sensação de que fizemos um bom trabalho e que demos nossa contribuição ao município. Sábado, saímos cedo rumo a Montes Claros. No quartel, fomos super bem recebidos e participamos da cerimônia de encerramento. Já sentimos saudades dos amigos da Universidade de Uberlândia e da população de Comercinho que tão bem nos acolheu.

Ler é o melhor remédio

Por Luciana Marques
Augusto Corrêa/Pará

Próximo destino: Pirimirim. Para chegar à vila, os rondonistas pegaram carona com os funcionários do projeto Biblioteca Estadual: um ônibus itinerante cheio de livros e jogos infantis. O ônibus, que partiu de Belém, chegou a Augustô Corrêa para alegrar a criançada.

Os rondonistas também fizeram a festa. Desenvolveram suas atividades em parceria com o programa estadual. "Estamos brincando, fomentando a leitura juntos, é muito gratificante essa parceria", disse o coordenador da biblioteca.

O ônibus ficou estacionado durante toda a manhã em frente ao rio Urumajó. Dava pra ver o encontro da àgua doce com o Oceano Atlântico, que fica ao norte do município.

Rádio Rondon UnB

Por Antonio Carlos
Porta voz da Equipe de Calçoene/Amapá

Apesar das dificuldades que passamos com hospedagem e alimentação, estamos aproveitando muito bem o tempo, otimizando as oficinas com boa participação da comunidade e muita interação entre a equipe de rondonistas. Também temos programação na rádio Calçoene, com espaço para divulgação das nossas atividades.

Mesmo com os problemas, recebemos muito apoio da população, que cedeu duas bicicletas, refrigerantes e comidas para os rondonistas. No município de Calçoene, chove quase todo dia, mas as oficinas estão sendo muito bem aceitas, sempre cheias, com pessoas de todas as idades.

Desenvolvemos atividades de reciclagem e aproveitamento de lixo: papel, garrafas pet, sacolas de plástico e óleo de fritura; de aproveitamento integral de alimentos; de capacitação e gestão de projetos; de sexualidade e drogas na adolescência; de cidadania; de atividades físicas para crianças, adolescentes e 3° idade; de brincar; de saúde bucal; de pintura; de momento cultural com a 3° idade; além de outras que serão realizadas na próxima semana.

20.7.08

Uma manhã produtiva

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

Dicas de como escovar direitinho os dentes, espaço para medir a pressão e gibis para a garotada. Tudo isso em um só lugar. Cerca de 250 pessoas foram atendidas e orientadas pelas rondonistas de Salgado na manhã de sábado. As atividades foram realizadas em frente e no mesmo horário da feira da cidade - e, por isso, atraiu gente de todas as faixas etárias.

A rondonista Thaís Malva aferiu a pressão de cerca de 60 pessoas. No balanço geral, ela avalia que a população da cidade tem pressão alta. "Eu já imaginava isso, porque a água do município é bastante salgada e a alimentação local tende a ser mais gordurosa. E o pessoal também não pratica muito esporte por aqui", observa a estudante de Educação Física da UnB.

Do outro lado da sala, as crianças se divertiam lendo gibis, desenhando e treinando o português com brincadeiras como ditado e soletrando. Também foram o grande público das atividades de saúde bucal que, além de dicas sobre como cuidar dos dentes, teve distribuição de pastas e escovas dentárias.

Ensino difícil

Por Thaís Malva
Salgado/Sergipe

Débora Cristina Santos Souza é professora da rede pública da cidade de Salgado, em Sergipe. É também participante assídua das operações do Projeto Rondon no município. Em julho de 2007, conheceu a equipe da UnB que visitou Salgado pela primeira vez. Agora, hospeda, é guia turística, amiga e participante das oficinas dos novos rondonistas na cidade. São as horas em que ela esquece os problemas. No dia-a-dia, a rotina de Débora alterna condições ruins de trabalho, transporte e espaço físico de escolas precários e pais de alunos desinteressados pelo ensino dos filhos.

A professora sabe que revolucionar o ensino demora. Mesmo assim, faz a sua parte. "A fiscalização dos recursos administrativos deveria ser mais rígida. E seria ótimo se um projeto de lei fizesse com que os pais participassem mais da educação dos filhos", sugere Débora. A professora conta que se sente humilhada na profissão, com muito trabalho, pouco resultado e nenhum reconhecimento. "É como gritar no escuro. Ninguém te vê. Ninguém te escuta", diz.

Se até hoje Débora ainda não desistiu de ser professora, é por acreditar na educação das escolas públicas. Ela acredita que, daqui a alguns anos, seu trabalho vai dar resultados. Quando pensa em desistir, lembra o quanto seus alunos precisam dela e consegue forças para continuar.

Rondon Regional Carinhanha - BA

Por Equipe Rondon Regional
Carinhanha / Bahia

Depois do Rondon Nacional, o Rondon Regional é que desembarca em novos destinos. A equipe da UnB de Carinhanha, na Bahia, já chegou no município onde realizará atividades até o dia 30 de julho. Os responsáveis pelos rondonistas no local são os professores Álvaro e Lenora.

Situação difícil no Rondon de Amapá

Por Umberto Euzébio
Calçoene/Amapá

Os rondonistas que estão no Norte do país enfrentam dificuldades de hospedagem e alimentação no município de Calçoene, no Amapá. A equipe só tem pão no café da manhã se algum morador levar. Quando isso não acontece, a refeição é a base de bolacha de água e sal. O almoço e o jantar se resumem a charque com macarrão - mas só é garantido quando tem cozinheira. Fazer a própria comida, só se for de dia, pois não há iluminação na cozinha da pousada. A maior parte da alimentação está sendo bancada pelos próprios rondonistas.

Chove torrencialmente o dia todo na região, e há dias em que a chuva é ininterrupta, inclusive à noite. A equipe não tem local para lavar a roupa. Até para conseguir água potável é uma busca exaustiva. Quase nunca tem. Apesar dos problemas de instalação, a equipe foi muito bem recebida pela população e isso tem tornado o trabalho de todos muito bom. A única rádio local está dando toda a cobertura das atividades do Rondon, com dois programas diários de 15 minutos.

19.7.08

Culinária

Por Luciana Marques
Augusto Corrêa/Pará

Receita do bolo podre, o bolo de tapioca do Pará. Aprovadíssimo pelos rondonistas.

Bolo podre

Ingredientes:

2 pedaços de côco ralado
800mL de leite
1 litro de creme de leite
1 litro de leite condensado
3 potes de farinha de tapioca
3 colheres de sopa de açucar
1 colher de chá de sal

Modo de fazer:

Coloque a tapioca de molho no leite adoçado e acrescido de sal. Descanse por 30min. Acrescente o creme de leite e o leite condensado. Misture e coloque para assar por 25min. Desenforme antes de esfriar totalmente.

Bom apetite!

18.7.08

Comidas e confusões típicas

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

Aqui no Nordeste, é bom duvidar sempre do que você vai pedir. Se você quer um pouco daquela canjica típica das festas juninas do Centro-Oeste, peça por munguzá. Se você pedir canjica, eles vão te dar curau. Tapioca aqui é biju e mandioca é uma raiz venenosa, que não serve para incrementar a refeição. O certo é pedir macaxeira. E mané pelado chama bolo de puba, uma farinha de mandioca que fica no ponto oito dias depois de ser ralada.

Mas as confusões não ficam só na cozinha (que, só pra constar, é muito boa). Em uma das oficinas do Rondon para idosos aqui em Sergipe, decidimos fazer algumas brincadeiras. Passa anel é igual, dança das cadeiras também. Mas levamos muito tempo para que todos os 65 idosos presentes entendessem que a proposta de brincar de "batata quente" nada mais era que o tradicional "passa a bola".

Passa, passa, passa a bola
Passa a bola sem parar
Quem quiser ficar com a bola
Uma prenda vai pagar.

Acrescente nas descobertas:
- Macacão é o nome que eles dão para a nossa amarelinha.
- Manja é o nosso pique-pega.
- Pólis é o nome de lapiseira.

Lápis, papel, tesoura

Por Luciana Marques
Augusto Corrêa/Pará

As crianças que participaram da oficina de redação produziram quarenta cartinhas sobre o dia-a-dia delas na vila de Nova Olinda. As cartas serão entregues aos alunos da Escola das Nações do Distrito Federal, que devem responder aos amigos virtuais pelo correio. A idéia é fazer um intercâmbio entre as crianças de Augusto Corrêa e Brasília. Abaixo, a íntegra da carta de um dos nova olindenses:


Nova Olinda, 17 de Julho de 2008.

Querido amigo,

Sou Antônio Marcos, tenho 11 anos e estou na 5ª série e junto com o Projeto Rondon mando esta carta para você. Estou em Nova Olinda, em Bragança, Belém do Pará. Mesmo estando tão longe, somos amigos. Vou falar como é meu dia-a-dia no Pará. De manhã é um café com um pão tão gostoso, o almoço é um peixe, à noite brincamos e dormimos. Aqui tem um açaí, nem te conto. Enfim, até.

Abraço,

A. Marcos.

17.7.08

Mais de 100 crianças atendidas

Por Luciana Marques
Foto: Marco Mendes
Augusto Corrêa/Pará

A equipe acordou cedo para arrumar as malas. O próximo destino era Nova Olinda, uma pequena vila a 36Km do município. A estrada de chão atrasou a viagem, que durou três horas. Mas nada que desanimasse os rondonistas. O caminho com belas paisagens naturais e a vontade de começar os trabalhos em uma nova comunidade desencadearam uma energia até então desconhecida.

Assim que o ônibus parou, os estudantes vestiram suas fantasias, pintaram os rostos e bateram de porta em porta convidando os moradores para participar das atividades. A reação foi imediata. Mais de 100 crianças estavam presentes, além de adultos e idosos.

Porém, logo na primeira oficina, os universitários identificaram problemas de saúde bucal. "A situação é precária, de todas as crianças, apenas uma não tinha lesão de cárie", disse a estudante de odontologia Allana Caroline.

Mas a garotada via graça em tudo. Inclusive em escovar os dentes com a escova que tinham acabado de ganhar.

Rondonistas mirins

Por Marcela Heitor
Salgado / Sergipe


16.7.08

Brincar... eita coisa boa!

Por Angélica Monteiro
Salgado/Sergipe

Nesta tarde, a equipe realizou uma oficina com os idosos. Fizemos vários tipos de brincadeiras: roda, jogo de memorização, dança da cadeira e escravos de Jó. Foi interessante, pois no local se encontravam algumas crianças, e elas também participaram das atividades.

Todos foram muito receptivos com as brincadeiras. Eles ficaram muito satisfeitos com tudo. Para nós rondonistas, foi um enorme prazer aprender mais sobre os antigos costumes e brincadeiras dos idosos.

Ela balança, mas não pára!

Tiêssa Lopes
Brasília de Minas/Minas Gerais


É dessa forma que todos os dias, bem cedinho, partimos com destino aos distritos do município de Brasília de Minas para realizar as oficinas. Dentro de uma Kombi, conduzida pelo nosso querido Zé Bolinha (futuro prefeito da cidade), alegres, cantando os "hits" do momento (me chama de "my nove") e pulando a cada buraco que aparece na estrada.

No distrito de Angicos de Minas, realizamos oficinas de Educação Sexual (com ajuda de nossa amiga Gina, nosso amigo Cenourinha e a representação teatral de um espermatozóide); Drogas e álcool; Saúde e Conservação dos Recursos Naturais (de acordo com a nossa nutricionista, devemos preparar de maneira adequada carne de frango, "vaca e boi"); Saúde Bucal (na qual foi citada que o mau hálito é o "pum" da bactéria); Literatura (com direito à apresentação de fantoches e lendas locais); Política e Cidadania (descobrimos que o artigo 5º da Constituição Federal tem 78 "incisivos"); e, finalmente, a tão esperada Oficina Instantânea (testes de visão, aferição de pressão arterial e cálculo do IMC).

Ficamos maravilhados com o acervo diverso e bem completo da biblioteca da escola na qual ficamos. A tristeza foi perceber que o local é pouco freqüentado pelos alunos.

Ontem visitamos a horta comunitária de um dos bairros e contemplamos a diversidade de hortaliças, leguminosas e ervas medicinais. De lá, ganhamos a salada do jantar.

Enfim, nossa vida é "comer, dormir e trabalhar. Comer, dormir e trabalhar. Comer, dormir e trabalhar. Comer, dormir e trabalhar..."

Visita à farinheira

Por Núbia Marques
Comercinho/Minas Gerais




Semana passada, fizemos uma visita a uma casa de farinha na região rural, existem várias farinheiras mas visitamos apenas uma. Fomos muito bem recebidos pelos trabalhadores, eles nos contaram que começam a produção de farinha 2h da manhã e só terminam umas 18h!

Hoje tivemos oficina sobre horta comunitária e montamos uma na escola onde estamos alojados. Muitas pessoas estiveram presentes, a maioria da área rural.

Todas as noites, das 20h às 22h, fazemos oficina de capacitação de mão de obra para o comércio.

Já estamos nos preparando para a volta.

15.7.08

Oficina de teatro

Por Luciana Marques e Tadeu Maia
Augusto Corrêa/Pará



Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa

Por Thaís Malva
Salgado/Sergipe



Hoje foi realizada a primeira oficina das rondonistas salgadenses, a Oficina da Terceira Idade - Caminhada. A atividade começou no Centro do Idoso de Salgado e contou com a presença de cerca de 20 senhores e senhoras muito bem dispostos. Depois do alongamento, a caminhada se estendeu até o centro da cidade e durante o percurso os participantes falaram sobre seus hábitos. No dia-a-dia, eles costumam dançar músicas da região, jogar cartas e dominó, brincar.

A recepção dos moradores foi ótima, todos estavam super animados e felizes por terem sido lembrados e receberem uma oficina toda voltada para eles. E isso vai permanecer nos próximos dias.

Quem gosta de chá de boldo?

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe

O nome vem acompanhado de uma careta. O chá de boldo normalmente é aquela bebida terrível, oferecida como última alternativa para melhorar o estômago. Pelo menos deveria ser assim em todos os lugares. Mas não é. No município de Salgado, ele é oferecido como bebida do fim de tarde e a maioria adora.

A equipe do Rondon, para manter o espírito aventureiro, decidiu provar o tal chá. E, acredite, de boldo não tem nada. É uma delícia. A dona Maria Chagas, proprietária da pousada em que estamos hospedadas e dona da receita, topou divulgar o segredo pra gente. E é bem provável que o chazinho de Salgado vá parar no Distrito Federal depois do fim da viagem.

CHÁ DE BOLDO BOM
- Coloque uma colher de sopa de folha de boldo em 1 litro de água. Deixe ferver durante dois minutos. Desligue o fogo e deixe o chá 10 minutos descansando. Depois é só coar e servir. Se quiser, acrescente um ramo de camomila ou erva doce. Nesse caso, diminua a quantidade de folhas de boldo.

"O segredo do chá é o tanto de folhas de boldo que a pessoa coloca", sugere dona Maria Chagas.

Sobre 11 dias no sertão

Por Birigui (Wanner Medeiros)
Comercinho/Minas Gerais


"Três anos de Infantaria, dez anos de República e quinze anos de UnB."(GUARITÁ, 2008). Esta vem sendo a frase mais ouvida pelos integrantes desta equipe (Sub-Comandante, Cronograma, Birigui, Senhora LX, Rainha e Ingrid) desde que deixamos o Batalhão de Montes Claros, no dia 5 de julho.

Após o regime de engorda no quartel e a festa de abertura da Operação Norte de Minas, partimos ao município de Comercinho com nossos companheiros da Universidade Federal de Uberlândia (Gorete, Esquisito, Zuliet, W.O.leska, Pit-Bull, Carol a Bessa, Camila e Lohainy), numa viagem de 7 horas (sendo 1h em estrada de terra) em um amplo, confortável e espaçoso microônibus.

Ao chegarmos à cidade de Comercinho, fomos novamente alimentados e, então, alojados em confortáveis mesas escolares. Acabava aqui a fase da moleza e começava a melhor viagem da minha vida.

No dia seguinte, ajustamos nosso cronograma à realidade local e, como a população não compareceu à nossa primeira oficina, fizemos um reconhecimento da área urbana do município. Foi então que descobrimos que a escola fica acima da pior ladeira de toda a cidade! Neste dia conhecemos parte da (falta de) infra-estrutura local, incluindo os rios (de esgoto), o depósito de lixo (a céu aberto), o matadouro e a barragem que fornece água para a cidade.

Após um ajuste, ampliamos nossas ações a um grupo de estudantes da zona rural, do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e do Pró-Jovem. A eles, dedicamos ações de cidadania, aulas de informática e de questões ambientais. O sorriso ao fim das apresentações é impagável.

Infelizmente, no dia 8 de julho tivemos uma "baixa". Nossa companheira Ingrid, estudante de pedagogia, teve que deixar o grupo por problemas de saúde. E, de novo, a equipe passou por um processo de reorganização das atividades.

Hoje, 11 dias após nossa saída de Brasília, parece que nos conhecemos há três meses. O clima na cidade é ótimo, porém nossas oficinas nem sempre ficam cheias (a população é receptiva, porém sua inércia é grande). Saudações à Ingrid e aos amigos (de todos) que ficaram em Brasília.

14.7.08

Três dias em uma postagem!!!

Por Tiêssa Lopes
Brasília de Minas/Minas Gerais



Embarcamos em um C99 na Base Aérea de Brasília ás 11:30 do dia 11 de julho com destino a Montes Claros. Fomos muito bem recebidos e instalados no 55º Batalhão de Infantaria do Exército. Estamos sendo muito mimados, comendo muito ("Sairemos daqui RONDONdos"- por Daniel da FJP).

Após a formatura do batalhão realizada em nossa homenagem o grupo "Anderson e a casa das 7 mulheres" (o único grupo de rondonistas 87,5% feminino) seguiu para o jantar de confraternização na AABB. Lá aconteceu o enlace de 2 equipes maravilhosas: UnB e Fundação João Pinheiro (FJP/MG).

No dia 12, após abertura oficial, seguimos para Brasília de Minas. Fomos instalados na creche Pingo de Gente. Sob supervisão da Dona Neiva, continuamos sendo muito bem tratados. Aliás, Dona Neiva tem nada de dona.

No dia 13, após uma reunião informal com os representantes do governo local, fomos para uma cachoeira, próximo a Fernão Dias. Hoje, as oficinas foram realizadas com sucesso no distrito de Retiro de Santo Antônio. Se não congelarmos de frio, escreveremos amanhã.

Selva!

Por Luciana Marques
Augusto Corrêa/Pará

O mascote dos guerreiros da selva de Belém


"A onça defende seu território com unhas e dentes, como o guerreiro da selva". Essa é a opinião do comandante do 2º Batalhão Infantaria de Selva, o tenente-coronel Afonso da Costa. O guerreiro da selva é o símbolo do militar que protege a fronteira nacional e a floresta Amazônica.

Logo no primeiro dia, os rondonistas entram no clima do grito de guerra do quartel. A todo instante alguém gritava em alto e bom tom: SELVA!

Início de viagem

Por Tadeu Maia
Augusto Corrêa/Pará

Chegamos ao 32º GAC, no Setor Militar Urbano, Brasília ás 08h30min de uma sexta-feira fria, estávamos muito ansiosos pelo início da viagem. Mas ainda teríamos o dia inteiro de atividades em Brasília mesmo.

Estavamos em seis, divididos em dois carros, o Bruno, a Isa (Isabel), a Luciana, o Thiago, o Marco e eu, Tadeu. A Allana já havia chegado, a Naísa chegou depois. O batalhão estava cheio de professores, estudantes de vários lugares do Brasil, uma festa só. Todos na maior expectativa.

Nosso avião, um C-105, partiu de Brasília, somente às 21h30min, fomos os últimos a deixar a Base Aérea. E depois de uma parada para abastecimento em Palmas, chegamos a Belém às 02h35min da manhã de sábado. Muito cansados, mas muito FELIZES.

Assim começa nossa jornada no Pará.


Equipe de Augusto Corrêa.

Começou verdadeiramente o Rondon...

Por Angélica Monteiro
Salgado/Sergipe

Hoje, durante todo o dia, tivemos reuniões com as pessoas responsáveis pelas secretarias locais para saber sobre a disponibilidade para a realização do projeto. Muitos foram receptivos, atenciosos e dispostos a colaborar com as atividades que ocorrerão nessas duas semanas.

Percebemos que o nosso público alvo em algumas oficinas terá que ser restrito a um grupo de pessoas de um povoado, e não à comunidade em geral. Isso porque, segundo o secretário de Educação, "é mais fácil o Rondon ir a um lugar onde as pessoas já estão agrupadas, como por exemplo, um centro de idosos, do que chamar todas as pessoas para um lugar específico". Esse fato mudou um pouco a programação do grupo, mas foi interessante, pois nós o adaptamos à necessidade e à rotina local.

Foi um dia bem trabalhoso, mas bastante produtivo.

13.7.08

Tratamento de primeira

Por Marcela Heitor
Salgado/Sergipe


Depois de uma acolhedora estadia no 28º Batalhão de Caçadores Campo Grande, em Aracaju, a equipe do Rondon chegou ao município de Salgado. Após uma excelente recepção dos militares, com direito a presentes, formatura de boas vindas e city tour na capital sergipana, a única equipe rondonista 100% feminina ficou até mal acostumada com tanta gentileza. Agora, sem a mordomia do batalhão, o grupo tira o domingo para acertar os últimos detalhes das oficinas, cursos e atividades em Salgado, que começam na segunda-feira, dia 14 de julho.

O militar que acompanha os trabalhos da equipe é o Sargento Silvino, nosso "anjo". Ele que vai assessorar os professores quanto à segurança dos rondonistas e auxiliar o grupo na solução de problemas logísticos na sede e nos municípios. "Os anjos vão tentar tornar a vida das equipes a melhor possível. A integração com todo o mundo é sempre tão grande, que o anjo vira um rondonista também", explica o coordenador regional do Projeto Rondon em Sergipe, capitão Ângelo Lima.



A professora de Letras da UnB Andréia Braga com o anjo da equipe de Salgado, Sargento Silvino.

Estada no 28 Batalhão dos Caçadores

Por Thaís Malva
Salgado/Sergipe

Ao chegarem em Aracaju, os rondonistas foram recebidos pelos integrantes do Batalhão dos Caçadores (Campo Grande) e hospedados em suas instalações. A equipe recebeu de presente uma blusa do batalhão e uma mensagem personalizada, com "Bem-vindos a Sergipe, Rondonistas".
Também teve formatura de boas vindas, com direito a banda e apresentação militar. Durante toda a estadia na cidade de Aracaju, os militares foram extremamente acolhedores, receptivos, educados, atenciosos e cuidadosos.

Ei, te conheço?


Por Luciana Marques
Augusto Corrêa/Pará

- Edinho!
- Não estou lembrado de você.
- Irmã da Aline.
- Naná, quanto tempo!


A rondonista Naisa Carla, 26 anos, teve uma surpresa ao chegar na Força Aérea de Belém. Quando o tenente Edson foi ajudá-la a carregar as malas, ela logo reconheceu o ex-namorado da sua irmã. E deram aquele abraço. "Nossa, eu conheço essa garota desde pequenininha, quase casei com a irmã dela", disse o tenente.


O casal rompeu o namoro por causa da distância: Aline morava em Juiz de Fora (MG) e Edson em Rezende (RJ). Foi namoro de juventude, dez anos atrás. Hoje o tenente Edson vive no Pará e está casado com outra mulher. Mas não deixou a cortesia de lado. Bateu bons papos com a ex-cunhada, a caçula pentelha daquela época.

12.7.08

Muito militantes


Saída da equipe da UnB do quartel de Brasília rumo a Salgado - SE.

Equipes embarcam para Operação Inverno 2008

Por equipe do Rondon
Operações 2008

No dia 11 de julho, 840 universitários de todo o Brasil embarcaram para operações em municípios das cinco regiões do país. Na UnB, 46 rondonistas das equipes nacionais vão trabalhar em seis municípios. Duas delas viajaram no dia 5, para Comercinho (MG) e Rio Branco do Sul (PR). As outras, no dia 11, em vôos civis e da Força Aérea Brasileira (FAB) para as Operações de Inverno em Augusto Correa (PA), Brasília de Minas (MG), Calçoene (AP) e Salgado (SE).

A idéia agora é trabalhar os diversos conhecimentos produzidos na universidade. As equipes são formadas por seis alunos da UnB, de diferentes cursos de graduação, acompanhados por dois professores, no total de oito pessoas por equipe. As atividades serão relatadas e retratadas neste blog, que funcionará como um "diário de bordo" e uma amostra da experiência única de cada rondonista.