20.7.08

Ensino difícil

Por Thaís Malva
Salgado/Sergipe

Débora Cristina Santos Souza é professora da rede pública da cidade de Salgado, em Sergipe. É também participante assídua das operações do Projeto Rondon no município. Em julho de 2007, conheceu a equipe da UnB que visitou Salgado pela primeira vez. Agora, hospeda, é guia turística, amiga e participante das oficinas dos novos rondonistas na cidade. São as horas em que ela esquece os problemas. No dia-a-dia, a rotina de Débora alterna condições ruins de trabalho, transporte e espaço físico de escolas precários e pais de alunos desinteressados pelo ensino dos filhos.

A professora sabe que revolucionar o ensino demora. Mesmo assim, faz a sua parte. "A fiscalização dos recursos administrativos deveria ser mais rígida. E seria ótimo se um projeto de lei fizesse com que os pais participassem mais da educação dos filhos", sugere Débora. A professora conta que se sente humilhada na profissão, com muito trabalho, pouco resultado e nenhum reconhecimento. "É como gritar no escuro. Ninguém te vê. Ninguém te escuta", diz.

Se até hoje Débora ainda não desistiu de ser professora, é por acreditar na educação das escolas públicas. Ela acredita que, daqui a alguns anos, seu trabalho vai dar resultados. Quando pensa em desistir, lembra o quanto seus alunos precisam dela e consegue forças para continuar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Precisamos reforçar a dedicação dos educadores do município, montando cursos EAD, para que após o nosso retorno possamos disponibilizar para os profissionais da educação.!!!!!!!!!!

§♥katty alves §♥ disse...

O mundo precisa de pessoas corajosas
e dedicadas !e de mais pessoas que aceitam ajudar o mundo com dedicação
e amor!